Outubro Rosa – Mês de conscientização sobre o câncer de mama

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Sabe aquele mês em que as mulheres tiram para se cuidar e atualizar seus exames ginecológicos de rotina? Esse mês chegou!
O câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil. Diagnosticar precocemente é a nossa missão, pois quanto antes o tumor for diagnosticado, maiores são as chances de cura. Para isso, contamos com profissionais capacitados e atualizados na área para realizar esse acolhimento e cuidado tão necessário.
Recentemente, a revista Femina, revista oficial da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, publicou um artigo com as atualizações para o rastreio de câncer de mama no Brasil. De acordo com dados nacionais, em 2023, foram estimados mais de 73 mil novos casos de câncer de mama no país. Com isso, sabemos que o rastreamento é uma medida eficaz para detectar a doença no estágio inicial e reduzir sua mortalidade. Além disso, com o diagnóstico precoce a paciente tem melhores opções de tratamento. O rastreio do câncer de mama é tão importante que pode reduzir em até 30% a mortalidade por essa doença em mulheres de 40 a 74 anos. 
Você sabe quais exames de rastreio existem atualmente? E para quem eles são recomendados? 


Rastreio em mulheres com risco populacional usual e de mamas densas:
Mamografia – Recomenda-se exame anual para mulheres entre 40 e 74 anos, preferencialmente com tecnologia digital. O intervalo de 2 anos no rastreio está relacionado a maior risco de tumores avançados. 
Ultrassonografia – Não se recomenda o uso como rastreio para mulheres com risco habitual. Porém, é recomendado ultrassom de mamas anual em complemento com a mamografia para mulheres de mamas densas.
Ressonância Magnética – Não se recomenda o uso como rastreio para mulheres com risco habitual. Porém, pode ser recomendada a cada dois anos em complemento da mamografia para mulheres de mamas densas.
Tomossíntese – Recomenda-se que a tomossíntese, em combinação com a mamografia, seja considerada no rastreio, se disponível. Ela é uma evolução da mamografia digital.


Pacientes abaixo de 40 anos precisa fazer rastreio? A resposta é: depende.
Mulheres com mutação patogênica do gene BRCA1 ou mulheres não testadas, mas com parentes de primeiro grau portadoras da mutação, devem iniciar o rastreio com mamografia anualmente aos 35 anos e ressonância anualmente aos 25 anos.
Mulheres com mutação patogênica do gene TP53 ou mulheres não testadas, mas com parentes de primeiro grau portadoras da mutação, devem iniciar o rastreio com mamografia anualmente aos 30 anos e ressonância anualmente aos 20 anos. 
Mulheres com mutação patogênica do gene BRCA2 ou mulheres não testadas, mas com parentes de primeiro grau portadoras da mutação, devem iniciar o rastreio com mamografia e ressonância anualmente aos 30 anos. 


Até quando é preciso realizar rastreio do câncer de mama? 
Não existem dados sobre o rastreio após 74 anos. Porém, como a expectativa de vida das mulheres vem aumentando, é recomendado uma individualização da decisão, que deve ser discutida entre o médico assistente e a paciente. 
Os dados e recomendações trazidos até aqui são o consenso entre o Colégio Brasileiro de Radiologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 

 

Referências
URBAN LA, CHALA LF, PAULA IB, BAUAB SP, SCHAEFER MB, OLIVEIRA AL, ET AL. Recomendações para o rastreamento do câncer de mama no brasil do Colégio Brasileiro de Radiologia, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Femina. 2023;51(7):390-9.

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